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O compromisso com a diversidade, igualdade e inclusão (DEI, Diversity, Equity & Inclusion, em inglês) tem sido um tema central para as empresas nos últimos anos, impulsionado por movimentos sociais e pela crescente conscientização sobre a importância de criar ambientes de trabalho mais justos e representativos. Mas será que as empresas estão realmente transformando suas promessas em ações concretas?

A recente decisão da Microsoft de encerrar sua equipe de DEI levanta questões importantes sobre a real prioridade das empresas em relação à inclusão.

A justificativa da big tech de que as "mudanças nas necessidades de negócios" levaram ao fechamento do departamento soou como um retrocesso para muitos, especialmente após a empresa ter se comprometido publicamente a promover a DEI após o assassinato de George Floyd em 2020.

Essa decisão da Microsoft contrasta com o crescente reconhecimento da importância da DEI para o sucesso das empresas, como mostra um artigo publicado no portal Economia Online, intitulado "Inclusão pode transformar as empresas, mas ‘falta passar do compromisso à ação", que destaca os benefícios da inclusão para as organizações, como aumento da satisfação dos funcionários, melhoria no atendimento ao cliente e ampliação da capacidade de inovação.

Ruth Manoel, em sua publicação no LinkedIn "Como alcançar os resultados que a diversidade traz?", enfatiza a importância da intencionalidade e da ação para que a diversidade gere resultados positivos.

Segundo Ruth Manoel, "não se alcança engajamento com ações generalistas e não se aprofunda no que não se conhece. Logo, quanto maior a diversidade de pessoas, maior o alcance e maiores os resultados".

A inclusão não se resume a discursos bonitos e metas ambiciosas. É preciso criar uma cultura organizacional que valorize a diversidade, promova a equidade e garanta que todas as pessoas se sintam seguras e respeitadas para contribuir com suas habilidades e perspectivas únicas.

A Microsoft, ao extinguir sua equipe de DEI, perde a oportunidade de liderar pelo exemplo e demonstrar um compromisso genuíno com a inclusão, diferente de empresas como TIM, Gerdau, Ernst&Young e Ternium, que segundo a pesquisa HRC Equidade BR, são as melhores empresas para pessoas LGBTQIA+ trabalharem.

A gestão de reputação na era da transparência exige coerência entre o discurso e a prática. As empresas que se comprometem com a DEI precisam ir além das promessas e implementar ações concretas para criar um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo.

Afinal, a reputação de uma marca está cada vez mais ligada aos seus valores e à forma como ela trata seus funcionários, clientes e a sociedade como um todo.

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🟰 Além do Discurso: Construindo uma Cultura de Diversidade e Inclusão Real