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A Knewsletter chegou trazendo o conteúdo sobre gestão de reputação que você precisa para complementar suas análises sobre as questões mais importantes que influenciam o dia a dia do universo corporativo.
🗣️ PALAVRA DE ESPECIALISTA
Um governante pode comprometer ou arruinar a reputação de um país?
Por Daniel Bruin • Portal Knewin
Até onde a reputação de um país é colocada em risco por seu governante? O mundo provavelmente nunca viu uma questão como essa ser tão evidente no caso de Donald Trump e os Estados Unidos.
A louca bússola política e econômica de Trump está forçando empresas e instituições norte-americanas a mudar seu posicionamento público, e frequentemente mais de uma vez. Ainda mais agora, com recuos que podem ser mais fruto de uma estratégia mal pensada do que de uma tática estruturada.
As empresas de tecnologia que o apoiaram logo de saída, como Amazon, Google e Meta, ainda procuram entender como isso está se impactando sua percepção pública, e em muitos casos percebem que isso se traduziu em perdas bilionárias no valor de mercado na bolsa. Sem contar a adesão carnal de Elon Musk, que coloca a imagem da Tesla em constante perigo.
Com uma desaprovação interna de 53%, Trump está levando também governos e populações de outros países a reverem sua histórica admiração pelos ideais norte-americanos – e pelas empresas do país também. Marcas europeias e chinesas acompanham de perto esse cenário para aproveitar esse espólio e melhorar sua participar de mercado. E, claro, seu share de reputação.
Como estarão as reputações quando tudo isso passar? A própria relação de reputação país-empresa continuará a mesma? Ou veremos uma “globalização ao contrário” no que tange à imagem pública de corporações outrora globais?
📱 TECNOLOGIA E ECONOMIA
O Julgamento da Meta e o Paradoxo do Capitalismo Moderno
Imagem: REUTERS
O julgamento antitruste contra a Meta, que pode resultar na venda do Instagram e WhatsApp, coloca em evidência não apenas as práticas da gigante da tecnologia, mas também um paradoxo do capitalismo moderno.
O sistema, que se baseia na livre concorrência, vê hoje uma crescente concentração de poder e capital nas mãos de poucas empresas bilionárias, muitas das quais buscam eliminar ativamente a concorrência e estabelecer monopólios. A Meta, ao adquirir o Instagram e WhatsApp, supostamente neutralizou duas ameaças em potencial ao seu domínio no mercado de redes sociais.
Os e-mails de Mark Zuckerberg, revelados pela Comissão Federal de Comércio, o órgão de defesa da concorrência e do consumidor dos EUA, sugerem uma estratégia deliberada de "comprar para não competir", um contraste gritante com o discurso de inovação e livre mercado que muitas vezes acompanha as big techs.
Essa busca pelo monopólio levanta questões importantes sobre o futuro do capitalismo e o papel das agências reguladoras:
- Se as grandes empresas conseguem eliminar a concorrência por meio de aquisições estratégicas, o que resta para as pequenas empresas e startups?
- Como garantir um mercado justo e competitivo, onde a inovação e o empreendedorismo possam prosperar?
Nesse cenário, a reputação se torna um ativo ainda mais valioso para as grandes marcas. A pressão do público, da mídia e dos órgãos reguladores aumenta à medida que a concentração de poder se torna mais evidente.
A reputação não é apenas uma questão de imagem; ela afeta diretamente os resultados do negócio. Consumidores cada vez mais conscientes buscam marcas que alinhem discurso e prática, que demonstrem valores éticos e que se comprometam com a construção de um mercado justo e sustentável.
Empresas com boa reputação atraem talentos, conquistam a confiança dos investidores e se fortalecem diante das crises.
A situação enfrentada pela Meta é um alerta para todas as companhias, grandes e pequenas, mostrando que a busca pelo monopólio e a eliminação da concorrência, além de serem práticas antiéticas e, em muitos casos, ilegais, podem causar consequências na percepção externa e trazer prejuízo em um horizonte que se apresentaria sem este tipo de obstáculo em um curto prazo.
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